Usuários de
drogas são retirados da cracolândia do Parque União
RIO - A Secretaria municipal de
Assistência Social (SMAS), com o apoio da Polícia Militar, retirou para
acolhimento 63 usuários de crack, sendo 3 adolescentes, que se concentravam no
acesso à Favela Parque União, às margens da Avenida Brasil, na entrada da Ilha
do Governador. Alguns drogados não quiseram deixar o local e foram retirados à
força, puxados e carregados por funcionários à serviço da Prefeitura, que
tiveram o cuidado de evitar violência. O grupo estava entre os tapumes das
obras do BRT Trans carioca, que também foram retirados por funcionários da
prefeitura para evitar que eles retornem. Muitas dessas pessoas haviam saído da
cracolândia do Complexo de Manguinhos e da Favela do Jacarezinho após as
comunidades serem ocupadas pela polícia.
Os adultos acolhidos foram encaminhados
para o centro de triagem Rio Acolhedor, em Paciência, na Zona Oeste. Como a
internação compulsória para maiores de 18 anos ainda não está valendo no
município, apenas se aceitarem ser internados eles seguirão para as unidades de
abrigamento da Rede de Proteção Social do município. Já os três menores serão
acolhidos em centros de abrigamento próprios. Algumas horas após o término na
operação, um grupo de pelo menos 25 usuários de crack já se reunia a cerca de
trinta metros do local, num dos acessos ao Parque União, na altura da Avenida
Brigadeiro Trompowski.
A operação começou às 7h30m, e o
acolhimento foi realizado por 20 profissionais da SMAS, entre eles educadores sociais,
psicólogo, além de assistentes sociais da 4ª Coordenadoria de Assistência
Social (CAS) do município. Agentes do 22º BPM e da Delegacia da Criança e
Adolescente Vítima (Dcav) deram apoio à operação, a terceira promovida pela
prefeitura do Rio na região, após a ocupação por forças de segurança das
comunidades do Jacarezinho e do Complexo de Manguinhos.
Na semana passada, foram retiradas mais
de 67 pessoas do mesmo local. Mas, em menos quatros horas, um grupo de mais de 30 já estavam
de volta. Assim que os agentes da Secretaria de Assistência Social e
os policiais deixaram a cracolândia, usuários começaram a retornar. No alto do
viaduto da Avenida Brigadeiro Trompowski — que liga a Ilha do Governador à
Avenida Brasil —, um homem com um enorme pedaço de madeira nas mãos ameaçava
quem sem aproximava.
Anunciada na segunda-feira pelo
prefeito do Rio, Eduardo Paes, a internação compulsória de adultos usuários de crack,
divide opiniões. Há uma discussão jurídica sobre a constitucionalidade da
medida, que o próprio Paes admite ser polêmica. Segundo a legislação atual, uma
pessoa só pode ser internada contra a vontade caso fique provado que ela não é
capaz tomar decisões. Presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio
(Amaerj), o desembargador Claudio Dell'Ort diz que a decisão tem que partir da
Justiça. No entanto, o presidente da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro
(OAB), Wadih Damous, disse que é a favor da internação forçada por se tratar de
um problema de saúde pública. Já a presidente do Conselho Regional de
Psicologia do Rio de Janeiro, Vivian Fraga criticou a decisão. De acordo com
ele, a ação é contrária a tudo que está escrito, conveniado e assinado dentro
das políticas de saúde e assistência.
Para colocar o plano em prática, o
prefeito disse que criará, até o fim do ano, 600 vagas para o tratamento de
dependentes da droga. De acordo com Paes, caberá às secretarias de Assistência
Social e de Saúde a elaboração de um projeto de criação das vagas na rede
municipal. Ele afirmou que a proposta será apresentada no dia 5 de novembro, no
Jacarezinho. O prefeito disse ainda que, nesta quinta-feira, pedirá apoio ao
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília. Para o prefeito, usuários de
crack não têm condições de decidir pela internação. Leia
mais: http://extra.globo.com/noticias/rio
PROCURE AJUDA
AGORA
Pastoral da Sobriedade Arquidiocese
de
São Sebastião do Rio de Janeiro
Atendimento psicológico gratuito para usuários de drogas e familiares.
Rua Pedro Calazans, 55 - Engenho Novo - RJ
3ª feira / 16h as 19h
Informações e agendamentos: (21) 3064-2748
CEPDQ - Coordenadoria de Prevenção à
Dependência Química
da Prefeitura RJ_Tel.:(21) 2976-7453_2976_7454
Olá
ResponderExcluirBoa noite.
Eu sou rapper. Cantor de rap. Moro no rio de Janeiro.
Tenho uma música, o tema é sobre a preocupação aos dependentes químicos.
Posso usar a imagem desta matéria para publicar a minha música pelo Youtube?