quarta-feira, 16 de julho de 2014

MAMOGRAFIA, UNICA FORMA DE PREVENIR O CANCER DE MAMA

MAMOGRAFIA, UNICA FORMA DE PREVENIR O CÂNCER DE MAMA

Há tempo a sociedade brasileira discute o câncer de mama. No entanto, nas últimas décadas o tema ganhou ainda mais evidência.

Por um lado pela ampliação da consciência por parte das mulheres e das autoridades, o que é bom. Mas por outro, pelos números assustadores de quase 60 mil novos casos a cada ano, com mais de 12 mil mortes, sendo uma das principais causas de óbito da mulher brasileira.

Nesse cenário, uma protagonista se encontra no foco da discussão, a mamografia. Mais que um exame, ela se apresenta como procedimento primordial para a detecção do câncer de mama, sendo a forma mais eficaz de diagnóstico precoce.

Entretanto, infelizmente, não é bem assim que alguns especialistas veem e o efeito disso, gerando retrocesso, em algumas medidas, como a Portaria 1.253/2013.

A iniciativa, de autoria do Ministério da Saúde, restringe o repasse de verbas da União aos municípios para mamografias em pacientes na faixa etária de 50 a 69 anos.

Além disso, o foco passa a ser a mamografia unilateral, ou seja, o exame sendo realizado como forma de rastreamento em apenas uma das mamas. Paralelamente a isso, tanto a experiência do consultório quanto os inúmeros estudos e acompanhamentos realizados pelos principais mastologistas do Brasil e do exterior comprovam que a idade ideal para o início do trabalho preventivo, via mamografia, é 40 anos.

Vários são os fatores que contribuem para essa conclusão, um deles o próprio estilo de vida estressante atual, alimentação, entre outros, que contribuem para a manifestação da doença cada vez mais cedo.

Um estudo da Universidade Federal de Goiás constatou que 22% dos casos de câncer de mama no Brasil ocorrem com mulheres entre 40 e 49 anos. Vale ressaltar que a realidade de outros países, cujo alguns estudos são citados para embasar argumentos de alguns especialistas, difere do Brasil, como, por exemplo, o sistema de saúde pública que aqui, em terra de dimensão continental, acaba sendo prejudicado.

Mesmo que o Brasil ainda não tenha conseguido diminuir a taxa de mortalidade por câncer de mama, é possível verificar uma estabilização e discreta redução nas mortes no Sudeste e no Sul do Brasil, onde há rastreamento mamográfico mais adequado.

Infelizmente, no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte o índice ainda é alto por uma série de fatores, como acessibilidade à mamografia, ao diagnóstico, ao tratamento etc. Além disso, no país como um todo há ainda muita falta de informação e é dever de todos os agentes de saúde promove-la de forma responsável e adequada à realidade brasileira.

Por fim, é recomendável aos médicos que continuem solicitando a mamografia de rastreamento para pacientes acima de 40 anos e não aceitem a chamada mamografia unilateral. Especialistas tem a responsabilidade de educar e informar a sociedade sobre os procedimentos mais corretos e seguros em prol da saúde preventiva.

E a mamografia é um instrumento de extrema importância, tendo reflexo na redução de cirurgias mutiladoras (mastectomias), diminuição de sofrimento e melhor qualidade de vida da paciente após o câncer. Vamos continuar na defesa de todas as formas de prevenção ao câncer de mama, destacando a mamografia a partir dos 40. Blog Amelias

Rio na Prevenção  

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