terça-feira, 4 de junho de 2013

Sujeira e riscos esvaziam abrigos e enchem as ruas

Vistoria de comissão da Câmara encontra alimentos fora de validade, percevejos, colchões inadequada, falta de médicos e banheiros sujos em unidade de Paciência
CONSTANÇA REZENDE
Rio - Mau cheiro, riscos de doenças e abandono. Tais condições poderiam ser características de quem vive ao relento, mas, na verdade, é o cenário encontrado por moradores de rua quando chegam ao Rio Acolhedor, abrigo da prefeitura em Paciência, na Zona Oeste.

O DIA acompanhou a visita da vereadora Teresa Bergher (PSDB) ao local ontem e constatou várias precariedades, como banheiro masculino em condições insalubres e sem papel higiênico, alimentos na cozinha fora da validade, proliferação de percevejos e colchões deteriorados.


Além disso, segundo a assessora técnica do abrigo, Michele Larrubia, havia 107 pessoas a mais do que a capacidade do espaço (350) e viciados em crack, tuberculosos, doentes mentais e alcoólatras conviviam com demais frequentadores. Não há médicos trabalhando no local, apenas dois enfermeiros e quatro auxiliares de enfermagem.

Na triagem, onde ficam 80 pessoas, algumas declararam estar lá há 50 dias, como Paulo Cristiano Souza, de 19 anos. “Quem não está doente acaba pegando alguma coisa”, disse Paulo, que tinha picadas de percevejo no peito.


Cosme de Almeida, de 47, alegou que está há dois meses sem conseguir tirar seus documentos e, por isso, era difícil sua reinserção na sociedade. Ele contou que parte do pouco dinheiro que recebia como auxiliar de construção era usada para pagar funcionários do abrigo para lavar suas roupas (cerca de R$ 20).

Em um quarto escuro, cinco tuberculosos convalesciam. Frequentadores declararam que eles comem no mesmo refeitório de todos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social informou que estuda ampliar abrigos e atribuiu a superlotação à chegada do frio e ao aumento do número de ações de abordagem.
Sobre os percevejos encontrados no local, disse que houve imunização e que os banheiros passam por faxinas regulares, e a limpeza e a conservação seguem normas de higiene para ambientes deste porte.

Vereadora: precariedade explica evasão
O cenário de ontem no abrigo, segundo a vereadora Teresa Bergher, pode explicar o motivo pelo qual poucas das cerca de 70 pessoas que chegam diariamente ao local, levadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, declaram que querem permanecer.

Ela fará nesta terça-feira, às 9h30, audiência pública sobre o tema na Câmara. “O abrigo não oferece nada. Só serve para comer e dormir” afirmou Teresa.

Sônia Silva do Nascimento, de 54, disse que aguarda desde março para receber tratamento médico no joelho e na coluna. Outros moradores, que não quiseram se identificar, relataram truculência por parte dos educadores. “Eles já jogaram até uma pessoa à força na rua. Teve caso que foi parar na delegacia”.

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