Viciados invadem reservatório que abastece bandejão popular em Irajá para
tomar banho e contaminam a água. Mais de três mil refeições deixam de ser
servidas diariamente.
EXCLUSIVO
O vai e vem de balanços e gangorras é cada vez mais raro na Praça Carlo del
Prete, na Rua das Laranjeiras, em Laranjeiras. As mesas de baralho também
estão vazias. Já os bancos ganharam novos donos: usuários de drogas. A área
de lazer 'tomada' dos moradores do bairro da Zona Sul está sendo utilizada
para consumo de cocaína, maconha e solventes. Antigos frequentadores relatam
que os viciados são agressivos, cometem roubos e ameaçam quem passa pelo
local.
Assustado, um morador resolveu denunciar o
problema fotografando a nova realidade da praça. Nas imagens, jovens aparecem
consumindo drogas alheios a tudo que se passa ao redor. Ele diz que as cenas
podem ser flagradas a qualquer hora do dia, mas são mais comuns à noite e de
madrugada.
"Não são moradores de rua. São marginais que
cometem de-litos para sustentar o \1cio. Ameaçam, xingam e mexem com todo
mundo. Além de utilizar a praça para consumir e vender vários tipos de droga,
eles também a transformaram em banheiro e até motel" relata ele, que não
se identificou, mas frisou ter denunciado asituação à PM (190) e ao Disque-Denúncia
(2253-1177). O Conexão Leitor, de O DIA, publicou o problema na edição de
quinta-feira.
Moradores dizem que denunciaram o problema à
polícia, mas nada foi feito para resolver .Segundo outros relatos, os
usuários buscam refúgio na praça depois de praticar roubos no Largo do
Machado. "Eles correm para cá com celulares, cordões e relógios para
trocar por drogas", contou um comerciante.
Moradora do bairro, de 22 anos, evita levar seu
filho de 3 anos para brincar na praça. Ela ressalta que não se sente segura
no local nem mesmo de dia. "É uma pena perdemos uma ótima área de lazer
por causa da insegurança" lamenta.
A PM diz ter conhecimento da presença de viciados
no local. Acorporação afirma que realiza ações em conjunto com a Secretaria
de Ação Social. Quinta-feira, Matura foi baseada no inicio da rua de acesso à
praça, para impedir furtos. No entorno, onde há movimentação do comércio, é
feito o policiamento a pé" informou, em nota.
Brinquedo antes usado por crianças para se
divertirem virou, agora, ponto de consumo de drogas a qualquer hora do dia,
da noite ou da madrugada .
Praça vira área livre para o consumo de drogas
Desesperado comameaçase agressões, morador fotografa espaço tomadopor
usuários
Homem consome drogas com dois meninos em
banquinho da praça Rapaz sobreem muro (E) para observar mudança colocada em
veículo
Até um colchão foícokxado na praça, onde ocorrem cenas de sexo
Migração do Flamengo
Segundo moradores, os usuários começaram a ocupar a praça em abril. O número
de viciados teria aumentado consideravelmente no mês seguinte, com a
inauguração da Unidade de Ordem Pública (UOP) do Flamengo. Muitos buscaram
refúgio para fugir da Guarda Municipal. "O problema começou com um grupo
de cinco usuários. Hoje, não é difícil encontrar 20 pessoas consumindo drogas
aqui. Achei importante mostrar a situação porque daqui a pouco vão ter
50", comenta o denunciante.
De acordo com os relatos, jovens de classe média
também utilizam o local para fumar maconha.
Denuncie e envie flagrantes de problemas em seu
bairro para coneiao@odia.com.br
Responsável pelo restaurante, a Secretaria de Estado de Assistência Social e
Direitos Humanos informou que ele vai voltar a funcionar segunda
Água contaminada em restaurante popular
Usuários de crack tomavam banho na caixa d 'água
do estabelecimento e faziam as necessidades fisiológicas em área próxima.
Local está fechado desde quinta-feira
Os banhos constantes de usuários de crack na
caixa d'água que abastece o restaurante popular Abelardo Chacrinha Barbosa,
na Avenida Brasil 19.001, em Irajá, Zona Norte, fez a Vigilância Sanitária do
município interditar na quinta-feira o local. Os viciados na droga também
estão fazendo suas necessidades fisiológicas próximo ao reservatório. O
estabelecimento fornece cerca de 3,1 mil refeições a trabalhadores de baixa
renda diariamente.
A inspeção feita pelos fiscais da prefeitura
revelou ainda problemas na caixa de esgoto da cozinha, que estava
transbordando e causava mau cheiro. A água do reservatório, que estaria
contaminada, não é usada para o cozimento de alimentos, mas para a limpeza do
restaurante e a lavagem de utensílios.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o
local permanece interditado no fim de semana e confirmou que a caixa d'água
estava sem
Inspeção revelou ainda problemas na caixa de esgoto da cozinha, que estava
transbordando a tampa e que "moradores de rua faziam uso da mesma" Segundo
o órgão, foi solicitada ainda uma obra de adequação da caixa de esgoto na
cozinha e uma limpeza e vedação da caixa d'água.
"Assim que as exigências forem cumpridas, o estabelecimento poderá ser
desinter-ditado, após uma nova vistoria da Vigilância Sanitária",
afirmou em nota.
Responsável pelo restaurante popular, a
Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos informou que as
recomendações da Vigilância Sanitária já foram atendidas e, com a autorização
dos fiscais, o estabelecimento vai voltar a funcionar na segunda-feira. No
site deles, ê informado que o restaurante foi fechado "por conta de
'questões técnicas'".
Condições precárias na Central
Em maio, O DIA mostrou que as condições do Restaurante Popular Herbert de Souza, na Central do Brasil, são também de acabar com o apetite dos frequentadores. Além de falta de variedade no cardápio, que não oferece frutas ou sopas, banheiros sujos e brigas constantes dentro do estabelecimento deixam os usuários incomodados.
Como muitos moradores de rua que comem na unidade são usuários de drogas, brigas levam insegurança a quem opta por uma refeição barata No bandejão, são oferecidas 4.980 refeições diariamente.
NÚMEROS
3,1 MIL
Quantidade de refeições oferecidas órariamente no restaurante de Irajá 4.980 Refeições são servidas por dia no bandejão da Central do Brasil
O restaurante Abelardo Chacrinha Barbosa oferece café da manhã de 500 calorias a R$ 0,35 e o almoço de, aproximadamente, 1.400 calorias a R$ 1. No Estado do Rio de Janeiro, existem ao todo 16 estabelecimentos populares como esse.
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